domingo, 11 de julho de 2010

Iluminado, Iniesta marca no fim da prorrogação e Espanha é a campeã do mundo

Foram muitos anos de espera, de gozações, de sentimento de inferioridade. Hoje, a Espanha finalmente pode comemorar. A Fúria sagrou-se campeã do mundo após derrotar a Holanda por 1 a 0 na prorrogação, de forma dramática, no estádio Soccer City, em Johanesburgo.
O herói da final foi Andrés Iniesta. Um verdadeiro craque do Barcelona, um jogador que decidiu a partida aos 11 minutos do segundo tempo da prorrogação após passe açucarado de Cesc Fábregas. Que se não é jogador do Barça, foi criado lá antes de se transferir para o Arsenal e possivelmente voltará um dia ao clube catalão, a base da seleção que mais jogou futebol nos últimos quatro anos.

Iniesta já havia sido herói. Em maio do ano passado, fez um golaço nos acréscimos da semifinal da Champions League entre Barcelona e Chelsea. A Espanha também já havia sido campeã, dois anos atrás, na Eurocopa. Agora, conquista o mundo.

Dona de uma das ligas mais badaladas do mundo, com possivelmente os dois maiores clubes de futebol do planeta por tudo o que representam (Barcelona e Real Madrid), a Espanha nunca conseguia traduzir em resultados para sua seleção toda essa riqueza. A maldição, agora, acabou.

Se no primeiro tempo a Espanha começou melhor e controlou a bola durante 57% do tempo, a partir dos 20 minutos a Holanda começou a pressionar mais e a tirar a bola do rival. No segundo tempo, a tônica seguiu a mesma. O que mudou foram as chances, claríssimas, para ambos os lados.

Robben esteve duas vezes frente a frente com Casillas e parou no goleiro. A Espanha teve chances com Villa, Capdevilla e, a mais clara, com Sergio Ramos, que cabeceou sozinho para fora após escanteio.

Com as entradas de Jesús Navas e Cesc Fábregas, a Espanha melhorou em campo. Voltou a controlar a bola e teve esse domínio refletido em mais chances na prorrogação, com Fábregas, Iniesta e Navas.

O jogo
Como já se esperava, a seleção espanhola tomou a iniciativa da partida e, com o tradicional toque de bola envolvente, partiu para cima de uma Holanda que começou mais encolhida. A primeira grande oportunidade de gol na final da Copa saiu logo aos cinco minutos: em cobrança de falta pela direita, Sergio Ramos subiu mais que a zaga holandesa e cabeceou à queima-roupa, mas o goleiro Stekelenburg fez a defesa. Na sobra, Piqué não aproveitou.

A pressão da “Fúria” sobre a Holanda continuou nos minutos seguintes. Aos 11, Sergio Ramos recebeu pela direita, invadiu a área, passou por Kuyt e chutou cruzado para o meio da área, mas Heitinga afastou o perigo. Aos 12, após cobrança de escanteio, David Villa arrematou de primeira, mas a bola passou à esquerda do gol de Stekelenburg. A seleção holandesa só respondeu aos 20, com uma arrancada de Robben pela direita, interceptada por Sergio Ramos.

A partir da segunda metade da etapa inicial, a Holanda conseguiu equilibrar as ações e adiantou a marcação sobre o time do técnico Vicente del Bosque. Deu resultado: a posse de bola da Espanha diminuiu sensivelmente, e os holandeses passaram a ameaçar um pouco mais. O jogo ficou duro no meio-de-campo, com algumas faltas violentas e um alto número de cartões amarelos – cinco em apenas 25 minutos de partida.

Aos 33 minutos, um lance inusitado: no momento em que Van der Wiel, da Holanda, devolvia a bola à Espanha por “fair play”, o goleiro Casillas foi surpreendido e quase sofreu um gol por cobertura. Ele teve de dar um leve toque nela e colocar pela linha de fundo, em escanteio. Mas os holandeses devolveram novamente a bola à seleção espanhola. Aos 36, a Holanda teve uma boa chance após cobrança de escanteio de Robben e passe de Sneijder, mas Mathijsen furou bisonhamente dentro da área.

O último bom momento do primeiro tempo aconteceu aos 43 minutos, e por pouco a Holanda não tirou o marasmo do jogo ao abrir o placar no Estádio Soccer City. Robben dominou pela direita e chutou cruzado da entrada da área, mas o goleiro Casillas espalmou e evitou o gol holandês.

Jogo melhora no 2º tempo

Na etapa complementar, quem chegou pela primeira vez com perigo perto do gol adversário foi a Espanha. Logo aos três minutos, após cobrança de escanteio, Puyol desviou de cabeça no primeiro pau, mas Capdevila furou e desperdiçou a ótima chance. Um minuto depois, aos quatro, Xabi Alonso tentou a arrancada e invadiu a área, mas Van Bommel trombou com ele e a bola foi pela linha de fundo, em tiro de meta para a Holanda.

As faltas que marcaram a partida na etapa inicial continuaram, aos montes, no segundo tempo. Até os 12 minutos da etapa final, o árbitro Howard Webb já havia distribuído sete cartões amarelos – cinco para a Holanda e dois para a Espanha (ao todo, foram 13 amarelos e um vermelho, o maior número de cartões da história das finais de Copa). Os jogadores das duas seleções começaram a pressionar o juiz, que teve muitas dificuldades para controlar o jogo.

Violência à parte, aos 16 minutos a Holanda teve a melhor oportunidade de marcar de todo o jogo. Em um contra-ataque que parecia mortal, Sneijder fez lançamento espetacular para Robben, que ganhou na velocidade de Piqué e tocou na saída do goleiro Casillas, mas a bola caprichosamente saiu pela linha de fundo.

Os espanhóis, por sua vez, também lamentaram por uma incrível chance desperdiçada aos 24 minutos. Jesus Navas, que havia acabado de entrar no lugar de Pedro, fez boa jogada pela direita e cruzou rasteiro. Heitinga falhou feio, e a bola sobrou limpa para David Villa, que foi travado na hora do chute e perdeu o gol que o consagraria definitivamente no Mundial. Aos 31, outra chance perdida, desta vez com Sergio Ramos, de cabeça, após escanteio cobrado pela esquerda.
Aos 37 minutos, Robben voltou a ficar frente a frente com Casillas e perdeu a chance de fazer o gol do título da Holanda. Após um chutão para o meio do campo, Van Persie desviou de cabeça e Robben ganhou na velocidade de Pique, mas demorou demais para concluir e o goleiro espanhol chegou primeiro. Foi a última grande oportunidade do tempo regulamentar.

Título na prorrogação
O tempo extra da decisão do Mundial da África do Sul começou bem mais movimentado do que os 90 minutos iniciais. Logo aos dois minutos, Fábregas, que entrara no lugar de Xabi Alonso, fez o corte na entrada da área e foi derrubado, mas a bola sobrou para Iniesta, que foi travado. Na sobra, Villa e Xavi também tentaram o chute, sem sucesso.

Aos seis minutos, foi a vez de o goleiro holandês Stekelenburg brilhar. Fábregas, que entrou bem no jogo, recebeu bom passe de Xavi e chutou de esquerda, mas o arqueiro da Holanda evitou o que seria o primeiro gol do jogo. Aos dez, Villa acionou Navas pela direita, e o atacante invadiu a área e chutou cruzado, forte, mas a bola desviou em Van Bronckhorst e passou rente à trave do gol de Stekelenburg.

No início do segundo tempo da prorrogação, logo aos três minutos, a Holanda ficou com um jogador a menos em campo. Xavi deu um passe preciso para Iniesta na entrada da área, mas o espanhol foi derrubado por Heitinga, que já tinha cartão amarelo e recebeu o vermelho. Na cobrança, Xavi mandou por cima do gol.

Quando tudo indicava que a igualdade se manteria até a decisão por pênaltis, a Espanha chegou ao gol do título aos dez minutos do segundo tempo da prorrogação. Iniesta recebeu excelente passe de Fábregas, dominou na entrada da área e chutou forte, sem chances para o goleiro Stekelenburg. A Espanha, enfim, entrava no seleto grupo dos campeões mundiais.
Por Júlio Gomes, para EsSPN

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Espanha supera trauma, ofusca sensação alemã e vai à sua primeira final de Copa

A Espanha pode não estar mostrando o jogo vistoso que se esperava dela na África do Sul, mas com esse futebol participará da primeira final de Copa do Mundo de sua história. A vaga veio com vitória sobre a Alemanha por 1 a 0 nesta quarta-feira, no Estádio Moses Mabhida, em Durban. O zagueiro Puyol fez de cabeça aos 26 minutos do segundo tempo o gol histórico.

A ‘Fúria’, cujo apelido sempre foi questionado pelos momentos de fraqueza nas horas decisivas, não se amedrontou diante da tricampeã Alemanha e, assim como na final da Eurocopa passada – em 2008 – levou a melhor. O placar, aliás, foi o mesmo da final de dois anos atrás.



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ESPANHA: 
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Seu adversário na decisão será a Holanda. No próximo domingo, às 15h30, no Estádio Soccer City, em Johanesburgo, um campeão inédito do Mundial será decretado: espanhóis e holandeses jamais levantaram o troféu da Fifa.

Puyol comemora o histórico gol espanhol
Puyol comemora o histórico gol espanhol
Crédito da imagem: AFP

Justiça seja feita: a Espanha não encantou nas suas atuações na África do Sul, mas hoje, contra a Alemanha, foi muito superior. A equipe do treinador Vicente Del Bosque controlou as ações do confronto desde o primeiro minuto e criou muito mais que a equipe alemã, que não foi aquele time chamado de sensação do Mundial. Sem Müller - suspenso - e com Özil e Schweinsteiger apagados, a equipe foi presa fácil. 

A Alemanha não fará sua oitava final de Copa do Mundo – número que seria um recorde -, mas nem por isso seu desempenho no torneio é frustrante. Com um elenco jovem e renovado, os germânicos encantaram os sul-africanos. O duelo pelo terceiro lugar entre Alemanha e Uruguai acontece neste sábado, às 15h30, em Port Elizabeth.

O jogo
Depois de cinco minutos de posse de bola quase total da equipe espanhola, surgiu o primeiro espaço na defesa alemã. Pedro enfiou bola para Villa e o zagueiro Friederich não acompanhou. Villa se esticou para chutar e Neuer defendeu.

Pouco depois, Iniesta bateu com força da esquerda para o meio da área e o zagueiro Puyol colocou a cabeça na bola, mandando por cima do travessão. A Alemanha tentava surpreender os rivais nos contra-ataques, mas Özil não fazia bom jogo e o time sentia falta de Müller.

O primeiro e único chute a gol dos tricampeões do mundo na etapa inicial só veio aos 31 minutos. O substituto de Müller, Trochowski, arriscou rasteiro de longa distância e Casillas espalmou no seu canto esquerdo para escanteio.

Os espanhóis continuaram abusando do toque de bola no segundo tempo e logo de cara levaram perigo com Xabi Alonso. O volante chutou de fora da área com força e esteve próximo de acertar o canto esquerdo de Neuer. Na sequência, foi a vez de David Villa aproveitar ajeitada de Xavi e bater colocado perto da trave esquerda do goleiro alemão.

O sufoco continuou em bombardeio aos 12 minutos. Primeiro, Pedro chutou com força dentro da área e Neuer defendeu. Depois do rebote, Xabi Alonso deu de calcanhar, Iniesta entrou na área com velocidade e cruzou, mas Pedro não alcançou.

A pressão era toda espanhola, mas aos 23 minutos a Alemanha quase abriu o placar com sua costumaz objetividade. Podolski cruzou da esquerda e Kroos, livre, completou para grande defesa de Casillas.

Quando os tricampeões do mundo ameaçavam equilibrar a partida, a Espanha balançou a rede em bola parada. Xavi cobrou escanteio e o zagueiro Puyol cabeceou para fazer o gol da heroica classificação. 

No finalzinho, a Espanha podia ter ampliado a vantagem em contra-ataques. Em um desses lances, Pedro levou a bola livre até a área rival e, ao invés de servir Fernando Torres ao seu lado, preferiu driblar os marcadores. O jovem atacante do Barcelona causou revolta em seus companheiros. Mas a vitória estava assegurada.

FICHA TÉCNICA
ALEMANHA 0 X 1 ESPANHA

Local: Estádio Moses Mabhida, em Durban (África do Sul)
Data: 07/07/2010 (quarta-feira)
Horário: 15h30 (de Brasília)
Árbitro: Viktor Kassai (HUN)
Auxiliares: Rafael Ilyasov (HUN) e Bajadyr Kochkarov (HUN)
Gols: ESPANHA:
 Puyol, aos 26min do 2° tempo

ALEMANHA: Neuer, Lahm, Mertesacker, Friedrich e Boateng (Jansen); Khedira (Gomez), Schweinsteiger, Trochowski (Kroos) e Özil; Podolski e Klose
Técnico: Joachim Löw. 

ESPANHA: Casillas, Sergio Ramos, Puyol, Pique e Capdevila; Busquets, Xabi Alonso, Xavi e Iniesta; David Villa (Fernando Torres) e Pedro (Silva)
Técnico: Vicente del Bosque.


Por ESPN.com.br


Vídeo com o Gol da Espanha

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Aproveitando a pausa....

Vamos falar sobre Dunga e Maradona. Os dois, comandantes de duas das seleções favoritas ao título que foram desclassificadas nas quartas, tiveram recepções extremamente diferentes em seus retornos. O primeiro, muito criticado e até xingado. O outro ovacionado pelos argentinos, com pedidos de sua permanência. Ora, se os dois eram favoritos e foram desclassificados, por que essa diferença?
 O retrospecto dos dois técnicos também é bastante diferente. Dunga venceu a Copa América de 2007, terceiro colocado nas Olimpíadas de 2008 (sendo eliminado pela Argentina), campeão da Copa das Confederações 2009 e primeiro colocado nas eliminatórias sulamericanas. Maradona não soma títulos afrente de sua seleção. O ídolo argentino assumiu a seleção que vivia um péssimo momento nas eliminatórias em 2008 e conseguiu a classificação em quarto lugar.
Como futebolitas também tiveram caminhos diferentes. Maradona é um dos maiores jogadores de todos os tempos. Era um meia-atacante canhoto de rara habilidade e praticamente carregou sua seleção ao título de 1986. Já Dunga era um volante, desses famosos 'brucutus', e que ficou marcado por dirigir palavras ofensivas aos brasileiros ao levantar a Copa do Mundo em 94.
Mas a diferença nas recepções não se devem a títulos ou a histórico como jogador. Se deve a pessoa do técnico, a relação com a mídia, a escalação e convocação de suas seleções, entre outros motivos.
Desde sua chegada a seleção brasileira, Dunga sofre com constantes críticas ao seu trabalho. Primeiro por ser um técnico de 'primeira viagem', nunca havia trabalhado com treinador. Depois por 'barrar' inicialmente os principais jogadores da seleção de Parreira, convocando nomes que ninguém entendeu porque, como Afonso Alves, Bobô, Jô. Agora na reta fina para a Copa, principalmente pelo seu mau relacionamento com a mídia e o 'confinamento' da seleção. Abdicou de levar Ronaldinho, Adriano, Ganso e Neymar para ser 'coerente', levando Kleberson e Grafite. Encheu o time de volantes e 'empobreceu' nosso futebol.
Maradona, que teve uma vida muito conturbada, marcada pelo consumo de drogas, mostrou que agora é uma pessoa melhor. Em suma, um verdadeiro 'gentleman'. Foi respeitoso a quem lhe deu respeito e soube lidar com quem tentou atingi-lo. Com os jogadores, mostrou ser muito mais que um técnico. Era amigo, pai, irmão e cedia-lhes vantagens, permitia churrasco, sexo, bebidas, tudo, é claro, moderadamente. E mesmo com uma defesa fraca, apostou em um time ofensivo. Pena para o futebol mundial que a sorte não esteve ao lado dos argentinos.
Com tantos motivos, fica fácil de se entender. As campanhas não foram nem de perto as esperadas, mas a postura foi diferente. Os argentinos ficaram contentes com o empenho e nós, brasileiros, revoltados com a vergonha ante a Holanda. Cabe esperar por 2014, aqui no Brasil, para sabermos quem se dará melhor.
Sem mais, 
Fernando Souza

domingo, 4 de julho de 2010

Da Série: Craquis da Copa #4

Olá, caros amigos leitores!

Hoje como sempre trago a vocês o que houve de "feio" na Copa e, dessa vez, não será lances bizarros e muito menos frangos, vamos dar o destaque (como sempre) as derrotas que ocorrem nessas quartas. E começando bem, uma belíssima ênfase a modela paraguaia, Larissa Riquelme.



Este "docinho de côco" prometeu que iria sair nua se o Paraguai passasse apenas para as semifinais. E a seleção me decepciona assim, torci tanto pela vitória do Paraguai, mas não foi dessa vez. :(

sábado, 3 de julho de 2010

Com erros de arbitragem e dois pênaltis perdidos, Espanha vence Paraguai e vai às semifinais

Em jogo drámatico no Ellis Park, o atacante David Villa foi mais uma vez decisivo para a seleção espanhola neste sábado. Com um gol aos 37 do segundo tempo, o espanhol se isolou na artilharia da Copa do Mundo da África do Sul e ainda garantiu os espanhóis nas semifinais ao fazer 1 a 0 diante do Paraguai.

Após um começo de jogo muito estudado por ambas as partes, com uma marcação no campo de ataque dos espanhóis, a arbitragem do guatemalteco Carlos Batres começou a se complicar já no primeiro tempo, anulando um gol do paraguaio Valdez.

Na segunda etapa, a partida ganhou em emoção, principalmente com a entrada de Fábregas no lugar de Fernando Torres, e a arbitragem voltou a causar polêmica. Primeiro, marcou pênalti de Piqué em Cardozo. Na cobrança, o próprio atacante paraguaio bateu para a defesa de Casillas. No lance seguinte, Batres marcou pênalti em divida de bola entre Alcaraz e David Villa. Xabi Alonso bateu e marcou, mas o árbitro guatemaltco mandou voltar. Na segunda cobrança, o goleiro Villar defendeu, derrubou Fábregas no rebote, mas o árbitro mandou seguir o jogo.

O gol espanhol saiu somente aos 37 minutos da segunda etapa. Em bela jogada de Iniesta, o meio-campista passou para Pedro, que chutou na trave. No rebote, David Villa chutou para marcar o gol da vitória.

Nas semifinais, os espanhóis jogam contra a Alemanha, na próxima quarta-feira, em Durban.

O jogo
Desde o início, a seleção do Paraguai confirmou em campo a fama de marcadora implacável. Com suas linhas defensivas adiantas, os paraguaios forçaram os espanhóis a fazer longos passes e acabaram equilibrando a partida.

Na bola parada, os sul-americanos chegaram ao gol com mais perigo. Logo no primeiro minuto, após cobrança de lateral, Santana recebeu na entrada da área, mas chutou nas mãos do goleiro Casillas.

Somente aos 28 minutos, a Espanha conseguiu chutar ao gol paraguaio. O meio-campista Xavi tentou um sem pulo de fora da área e bola passou por cima do gol.

Mesmo com maior posse de bola, os espanhóis não conseguiam trabalhar para criar chances de reais de gol. Quando conseguia chegar mais à frente, sempre faltava o toque para gol. Aos 33, Xavi recebeu pela ponta direita, cruzou, mas a bola passou pela área paraguaia. Na sequência, veio a resposta paraguaia na mesma moeda. Após cruzamento pela esquerda, Valdez não chegou na bola.

Aos 40, o lance mais polêmico da primeira etapa. Em partida sem muitos momentos de perigo, o Paraguai teve um gol anulado. Valdez recebeu dentro da área e mandou para o fundo do gol de Casillas, mas a arbitragem marcou impedimento.
Cardozo lamenta eliminação paraguaia na Copa do Mundo
Cardozo lamenta eliminação paraguaia na Copa do Mundo
Crédito da imagem: AFP


No segundo tempo, a partida ganhou em emoção. Aos 11 minutos, Piqué puxou o braço de Cardozo dentro da área e o árbitro guatemalteco Carlos Batres marcou pênalti. Na cobrança, o próprio Cardozo bateu, mas Casillas defendeu.

No lance seguinte, Alcaraz dividiu bola com David Villa e o árbitro marcou novo pênalti. Xabi Alonso cobrou e marcou para Espanha, mas a arbitragem mandou voltar. Nas segunda cobrança, Villar fez grande defesa e, no rebote, Sérgio Ramos teve a chance de marcar, mas Paulo da Silva salvou em cima da linha. No lance, os espanhóis também reclamaram de penalidade de Villar em Fábregas.

Melhor em campo, com a entrada de Fábregas no lugar de Fernando Torres, a Espanha voltou a assustar aos 17 minutos, quando Iniesta avançou pela ponta esquerda e chutou no ângulo, forçando Villar a fazer nova defesa.

O gol da vitória veio aos 37 minutos. Iniesta fez grande jogada, passou no meio da zaga paraguaia e mandou para Pedro na direita. O atacante espanhol chutou na trave, mas no rebote David Villa aproveitou.

FICHA TÉCNICA
PARAGUAI 0 x 1 ESPANHA


Local: Estádio Ellis Park, em Johanesburgo (África do Sul)
Data: 3 de julho de 2010 (Sábado)
Horário: 15h30min(de Brasília)
Árbitro: Carlos Batres (Guatemala)
Assistentes: Leonel Leal (Costa Rica) e Carlos Pastrana (Honduras)
Cartões amarelos: Piqué (Espanha) e Alcaraz, Víctor Cáceres, Morel e Santana (Paraguai)
Gol: David Villa, aos 37 minutos do segundo tempo, para a Espanha

PARAGUAI: Justo Villar, Darío Verón, Paulo Da Silva, Antolín Alcaraz e Morel Rodríguez; Víctor Cáceres (Barrios), Jonathan Santana, Edgar Barreto (Enrique Vera), e Cristian Riveros; Haedo Valdez (Roque Santa Cruz) e Oscar Cardozo.
Técnico: Gerardo Martino

ESPANHA: Iker Casillas, Sergio Ramos, Gerard Piqué, Carles Puyol (Marchena), e Joan Capdevila; Sergio Busquets, Xabi Alonso (Pedro), Xavi e Andres Iniesta; David Villa e Fernando Torres (Fábregas).
Técnico: Vicente Del Bosque

 por ESPN.com.br

Deus é brasileiro: tchau Dunguita, adios Dieguito, e viva a Alemanha!

Se havia algum resquício de dúvida, ele desapareceu na Jabulani que rolou bela e formosa no estádio Green Point, na Cidade do Cabo: Deus é mesmo brasileiro, segundo apurou o enviado especial, o seminarista Songo Monga.

Como se não bastasse decretar o fim da era Dunguita e ajudar a espocar o estoque de fogos alaranjados nas casas e lajes da Pauliceia desvairada e da Cidade Maravilhosa dos morros uivantes, mostrou no indigesto prato de chucrutes servido aos hermanos que ainda há esperança.

Que somente brucutu defende a indefensável tese de que o espetáculo morreu. Que futebol, hoje, é resultado e nada mais, uma seara para Felipe Melo, Josué & botinudos desfilarem.

A Jabulani alemã lembrou os bons momentos da história do ludopédio tupiniquim, em contraponto à filosofia do ‘professor’ Dunga e de seus anões de chuteiras de barro, que mergulharam no tempo em que o pragmatismo dominava a cintura dura dos salsichões. E, obviamente, quebraram a cara.

Sob a batuta do maestro Schweinsteiger, a orquestra alemã mostrou aos desafinados representantes do Circo Brasileiro de Futebol que o sucesso de uma equipe não pode ficar restrito à tacanha ideia de clausura e/ou isolamento. De que o feio é bonito, e estamos conversados.

É possível aliar força física e técnica, disciplina tática e talento, apresentar bom futebol e competência. Não é pecado. E a torcida, penhoradamente, agradece.

                                                                #####
Sugismundo Freud. Só faltam 1.460 dias e sete jogos para o hexa.

Olho vivo. Apenas para registro: após a derrota para a Holanda, o enturmado ‘professor’ Dunguita foi o primeiro a se mandar para o vestiário, ao lado do anjo da guarda Jorginho. No fracasso dos hermanos, o prepotente Dieguito fez questão de ficar à beira do gramado para confortar os jogadores.

Twitter. Há sempre o outro lado da moeda: Maradona não vai desfilar pelado pelas ruas de Buenos Aires. Don’t cry para ver el pibe do El Pibe, Argentina.

Datavuvuzela. Graças ao chumbo grosso alemão, a média de gols do safári da Fifa subiu o necessário para dividir a lanterna com a da Itália/90: 2,21 por partida. Em 60 duelos, as cornetas soaram 133 vezes. Aconteceram 44 vitórias (13 por 1 a 0) e 16 empates. Os europeus somam agora 14 triunfos, 11 empates e 11 fracassos, enquanto os sul-americanos acumulam 12 vitórias, seis empates e quatro passa-moleques.

Pai Jeová. Só os mais chegados ficaram sabendo. Após saborear um delicioso suco de laranja azedo, Kaká recebeu pelo microblog palavras de conforto do hermano Messi: “Eu sou você amanhã. E muito pior... ”

Pica-Pau. Os laços de amizade entre os coirmãos corintianos e palmeirenses atravessaram o oceano. Os periquitos em revista adotaram o alemão Klose como símbolo. Torcem para que marque mais dois gols e roube do fofo Ronaldo o título de maior artilheiro da história dos Mundiais, num ano em que a Fiel festeja um glorioso centenário.

Folha seca. Nem Bafana Bafana nem BaGana BaGana. O fumacê acabou.

PAC. O ‘Plano de Aceleração da Copa-2014’ informa ao bem-amado e esfolado contribuinte: a festa do caqui vai rolar no lançamento do Mundial da ‘ilha da fantasia do mestre Tatoo’, dia 8. Ao lado de familiares, aspones e prestativas secretárias, representantes das 12 cidades-sede aterrissarão na África do Sul para a pândega. A turma do pão de queijo deverá ser a mais numerosa. E tudo graças ao seu, ao meu, ao nosso rico dinheirinho.

Gilete press. Do colunista Ancelmo Gois, no ‘Globo’: “A CBF, antes mesmo da derrota para a Holanda, mandou reservar todas as mesas do Pigalle, restaurante mais badalado de Johanesburgo, para a noite de 11 de julho. É, como se sabe, a data da final da Copa.” O chef Sneijder estragou a comilança.

Tititi d’Aline. O espanhol Davi Villa, responsável pela classificação da Fúria, será fuzilado em praça pública se pintar em Assunção: a modelo Larissa Riquelme não mostrará mais as duas jabulanes in natura.

Você sabia que... os 23 jogadores da seleção alemã defendem apenas clubes da Bundesliga?

Pombo-correio. “Para 99% dos brasileiros o Felipe Melo não pode vestir a amarelinha. Cairia melhor outro tipo de camisa, a de força” – do internauta Leandro Francisconi.

Bola de ouro. Schweinsteiger. A fera alemã comandou o show contra os hermanos. O jogador do Bayern de Munique deu passe para dois gols e fez as melhores jogadas da equipe.

Bola de latão. Messi. Mais um melhor do mundo que se despediu sem marcar um mísero golzinho. Kaká pegou o avião do mesmo modo. O gajo Cristiano Ronaldo deixou o dele, mas também foi embora sem deixar saudade.

Bola de lixo. Sul-americanos. Entraram com a corda toda nas quartas (50%) e saíram pela porta dos fundos. Só resta o bicão Uruguai. Sobrou até para o colunista: desculpe a nossa falha. A Copa América com grife virou Eurocopa.

Bola sete. “Se depois de encerrado meu contrato alguma seleção se interessar, eu acho que seria maravilhoso encerrar a carreira na Copa de 2014. Mas hoje só penso no Palmeiras” (do técnico Felipão, à Eldorado/ESPN, sobre a possibilidade de substituir Dunga – vem tampão por aí).

Dúvida pertinente. Alemães, os moleques da ‘Vila Sésamo’ no safári da Fifa?

O que você achou?
jose.r.malia@espn.com

por José Roberto Malia, colunista do ESPN.com.br