Muitos devem estar se perguntando o porquê deste título. A explicação é simples: o Brasil venceu hoje seu maior freguês da Era Dunga, o Chile.
O placar de 3 a 0 resume bem a superioridade técnica entre as duas seleções. Mesmo adotando uma postura ofensiva, a seleção chilena mostrou estar distante do nível das grandes seleções da Copa. O Chile conseguia até fazer alguma pressão, mas não conseguiam furar a defesa brasileira ou sequer gerar muito perigo. A postura ofensiva dava também a possibilidade do contra-ataque, através do qual foi feito o segundo gol brasileiro.
O jogo começou com os chilenos dominando e fazendo pressão nos minutos iniciais. Mas, como era de se esperar, o Brasil passou a tomar conta do jogo. O Chile dava espaços, mas o Brasil errava muitos passes. As melhores chances vinham em chutes de longe. Gilberto Silva e Ramires deram trabalho a Bravo, arriscando de fora da área.
Além disso, o problema da saída de bola ainda existe, forçando o goleiro e os zagueiros a darem chutões para frente. E com o jogo ainda truncado, aos 34 o Brasil conseguiu abrir o placar em cobrança de escanteio. Maicon cruzou e Juan escorou de cabeça.
Com o gol, os chilenos partiram para o ataque, dando chances ao contra-golpe. Foi assim que três minutos depois o Brasil ampliou o placar. Robinho puxou o contra-ataque pela esquerda e passou para Kaká. De primeira, o meia achou Luis Fabiano livre, que driblou o goleiro e fez um bonito gol, o terceiro dele até aqui.
Para o segundo tempo, Bielsa substituiu Contreras e González por Valdivia e Tello. Mas as mudanças não surtiram efeito, com o jogo sendo muito disputado no meio campo, sem chances claras para ambos lados.
Sem criatividade, o Brasil precisou da jogada individual para chegar ao terceiro gol. E foi Ramires o responsável por ela. O volante roubou a bola no meio, arrancou, passou pelos adversários e deu para Robinho. O camisa 11, escolhido o melhor jogador em campo, chutou com classe, tirando do goleiro, para marcar seu primeiro gol em Copas do Mundo.
Com a boa vantagem no placar, Dunga resolveu poupar seus jogadores. Ele tirou o trio ofensivo, já que os três tiveram problemas físicos recentemente e Kaká e Luis Fabiano estavam pendurados. Entraram Gilberto, Kleberson e Nilmar.
O Chile não desistiu, mas só aos 29 conseguiram levar perigo a Julio César. Foi em uma jogada individual de Suazo, o artilheiro das eliminatórias.
O Brasil enfrenta agora a Holanda pelas quartas de final. Os holandeses esperam pela revanche da semi-final de 98. O vencedor do duelo de favoritas terá uma missão mais fácil para chegar a final, encarando Uruguai ou Gana na semi.
Os gols do Brasil:
Os gols do Brasil:
//Por Fernando Souza